Aeromoças e Tenistas Russas: A música que não aceita rótulos ou o instrumental interestellar
Positrônico é um termo oriundo da literatura de ficção científica para nomear o cérebro de robôs que possuem inteligência artificial. Neste caso é também o nome do terceiro disco da banda, sem duvidas uma musica livre, urbana e globalizada (no melhor da sua acepção). O time é composto por Juliano Parreira (Baixo), Eduardo Porto (Bateria), Gustavo Palma “Hoolis” (Teclado) e Gustavo Koshikumo (Guitarra). A produção do disco vem assinada pelo mestre Ze Vito ao lado do engenheiro de som Martin Scian.
Comprovando a tese, o album é resultado de um minucioso processo produtivo, que exigiu dos músicos a construção de uma narrativa apenas através de sons. “O grande desafio é conseguir prender atenção do público e construir isso sem a utilização de palavras. Também procuramos nos afastar do instrumental mais conhecido popularmente. A ideia da nossa música é ser dinâmica, sem rótulo ou estilo definido”, conta o baixista Juliano Parreira. Falando de produção, a mixagem analógica por buscou proporcionar refino estético e uma narrativa coesa do início ao fim do disco, ressalta o Eduardo (baterista)
E dizem por aí que o Show da ATR não é só certeza de casa cheia, mas cheia de gente dançando também. A música que o quarteto faz é de uma ginga e sensualidade absurdamente fortes.
Depois de passar pelo Sobrado 112 (figura carimbada aqui no tráfico) e compôr a orquestra de afrobeat Abayomy, Victor Gottardi lança o segundo disco do projeto solo dele. Bom de mais a estrutura das faixas. O novo disco "Pode Ser" não deixa cansar o ouvido. Com participações de Otto e Duda Brack, sempre dinâmico, o album atravessa uma excelente diversidade de rítmos.
Tive uma conversa muito bacana com o Zé Vito e nas palavras dele, a música Salvação (uma das minhas preferidas) é uma alfinetada nos "malafaias" do Brasil, onde diz "A salvação já aceita cartão": a mais pura (in)verdade nesse cenário de mercantilidade religiosa. Essa é a faixa que abre o disco, um digno cartão de visitas onde a criticidade é latente. "Raio Gourmet", outra surpreendente composição, situa o ser humano no universo estético contido no modo alimentar do mundo contemporâneo. A roupagem funde guitarra e violão caipira a uma batida programada eletrônicamente. Nesta faixa que vem assinada em parceria com Gustavo Benjão, o "Raio Gourmet" é tecnologia de paquera. "Nascido em Ribeirão Preto, Aos 19 anos Zé Vito mudou-se para o Rio de Janeiro e lá conheceu muitos músicos e artistas da cena carioca. Trabalhou com os produtores Bid, Buguinha Dub, André Abujamra, dividiu palco com BNegão, Otto, Marku Ribas, Tony Allen, Leitieres Leite, Chico Cesar, Rita Beneditto, acompanhou o lendário guitarrista nigeriano Oghene Kologbo, e hoje também acompanha a cantora Céu e o compositor Jards Macalé, que viaja pelo Brasil mostrando seus 40 anos de carreira."
Roberto de Melo Santos é Di Melo, o Imorrível, figura que lapidou um diamante em forma de disco em 1975, já postado aqui no Tráfico. Infelizmente ou felizmente, só nos últimos 5 anos esta gema foi ganhando o reconhecimento que sempre mereceu e o artista voltou aos palcos do Brasil afora com sua vitalidade e malemolência. Em 2011, ano em que foi lançado um curta contando um pouco da história de Di Melo, o blog Toque Musical divulgou na internet a coletânea de músicas que circulava com ele durante seus shows. Augusto TM, que assina a postagem no blog, resolveu fazer uma capa nova pro disco que batizou de "Pedra Bruta", pois as 20 músicas que compõem a coletânea não tem lá uma qualidade de gravação 100%, mas é fácil perceber que outro diamante está escondido ali. Vamos acompanhar o que vem por aí, já que ele mesmo diz que tem cerca de 400 músicas inéditas, muito gás pra gastar na estrada e prometeu disco novo no final do ano. Salve Di Melo, diamante inquebrável e imorrível!
Pra aprender a apreciar a Cumbia, nada melhor que essa excelente banda de Lima, Peru.
1 - Vacilando Con Ayahuasca 2 - Ya Se Ha Muerto Mi Abuelo 3 - Mujer Hilandera 4 - A La Fiesta De San Juan 5 - Soy Provinciano 6 - El Aguajal 7 - Caballo Viejo 8 - El Brujo (Fachín) 9 - Un Shipibo En España 10 - Llorando Se Fue 11 - La Danza De Los Mirlos
Só não
entende o que está acontecendo nas ruas quem não foi para as ruas.
Ontem, em São Paulo, os pobres, os miseráveis, os excluídos tomaram as
ruas para protestar com as únicas armas de coerção que conhecem, a violência.
Não foi uma "minoria" de vândalos que atacou a prefeitura. Nem os punks
ou os integrantes do Black Bloc. Eles estavam lá e participaram, é
verdade, mas não foram eles que por pouco não colocaram a baixo o
símbolo do poder municipal, assim como não foram eles que destruíram o
portão do Palácio dos Bandeirantes.
Quem atacou a prefeitura,
desde o começo, foi o povo. Foi gente que está ali no centro todo dia
trabalhando, gente que mora nas ruas, gente, muita gente, que veio das
periferias participar dos protestos. Uma senhora, senhorinha mesmo, foi
simbólica nesse ponto, para mim. Ela chegou bem perto da porta da
prefeitura, onde o caos imperava após a saída da GCM, e passou a atirar
pedras contra o que restava de vidros. Algumas pessoas tentaram
contê-la. "Tia, sai daqui, a senhora vai morrer", diziam. E ela: "Me
deixa, eu tô com raiva, eu tô com muita raiva". Após uma negociação
entre ela e seus contentores, chegou-se a uma conclusão: "Eu saio, mas
me deixa jogar mais duas, eu to com muita raiva". E mais duas pedras
portuguesas voaram em direção às vidraças.
Toda a sorte de
violência que essa parcela da população sofre veio à tona ontem, por
mais que os representantes da classe média tenham feito o máximo de
esforço para conte-los. No meio do caos, estabeleceu-se, quase, uma luta
de classes e raças para definir qual a melhor estratégia de luta. De um
lado, jovens brancos e educados, em sua maioria, tentavam argumentar
que esse não era o caminho, que isso era o que a "mídia burguesa"
queria, que não havia "estofo ideológico" para isso. Do outro, jovens
pardos, negros, filhos de nordestinos, apenas ameaçavam. "Eu vou
quebrar, sai da minha frente, playboy, senão vai sobrar pra você".
Foi assim na porta lateral da prefeitura, onde os manifestantes - sim,
eles também são manifestantes - tentaram arrombar a porta fazendo dos
tubos metálicos de sinalização de trânsito uma aríete. Um rapaz,
loirinho, de cabelos cacheados, vestido de super-homem, tentava
convencer um bando de rapazes da periferia paulistana a não invadir a
prefeitura. "Pessoal, tem gente la dentro, alguém vai se machucar, para
com isso". Um rapaz, moreno, apenas com os olhos a mostra, explicou em
detalhes, o que lhe aconteceria: super-homem, sai daqui senão tu vai
virar a mulher maravilha". O super-homem, ciente estar diante da
Kriptonita, partiu.
A polícia, que abandonou a cidade, só
apareceu quando as lojas começaram a ser saqueadas. Quando eram apenas
as agências bancárias, donas de cofres impenetráveis por um bando de
"arruaceiros", não houve problema. Mas quando as lojas Marisa ou as
Americanas passaram a ser o alvo, um grupo de policiais surgiu. Prendeu
algumas pessoas, mas foi posto para correr pela multidão. A cidade, como
diziam, era deles. Dos pobres, dos miseráveis, dos nóia, dos meninos de
rua, dos jovens da periferia. Pela primeira vez, em muito tempo,
entraram nas Lojas Americanas sem serem perseguidos pelos olhares dos
seguranças. E muita gente só entrou para destruir. E muita gente
realizou o sonho de ter uma TV bacana ou um notebook.
Simplesmente criminalizar o que houve ontem no centro de São Paulo é
aumentar o fogo sob a panela de pressão da incrível desigualdade social
centenária deste país. E principalmente de São Paulo, a verdadeira
cidade partida. Não é possível que continue-se a acreditar que os
bandidos pardos, negros e periféricos são bandidos porque este é seu
DNA, porque não gostam de trabalhar, porque, enfim, são assim. Ontem, no
centro de São Paulo, essa massa mostrou que está cansada de ficar à
margem. Muito cansada. E não serão R$ 0,20, de fato, que aplacarão a
raiva.
O urubu bateu asa e a classe e a jovem média
paulistana, que o alimentou pensando em se tratar de um vistoso sabiá,
está assustada. Afinal de contas, os clamores de "Sem Vandalismo" que
entoaram durante as passeatas não fazem sentido para a massa daqueles
que realmente sofrem com o trânsito massacrante da cidade, com a polícia
assustadoramente violenta. Por não terem a raiva a lhes alimentar a
alma, os jovens que foram às ruas com cartazes dizendo "Saímos do
Facebook", não entenderam o poder da raiva. E com a raiva não se brinca.
Feito durante as sessões semanais, o Budos Band III foi lançado pela Daptone Records, produzido por Bosco Mann e TNT no "House of Soul Studios” em Bushwick, no Brooklyn.
A arte do álbum ameaçador, que apresenta uma cobra preparada para o ataque, diz que para qualquer indicação da música em si, podemos esperar um ataque para fora de todos os sentidos, com uma tendência para um veneno psicodélico.
O disco trás mesmo é um afrorock pesado da muléstia dos cachorro. Tanto gostei do disco que o adquiri em epoca de pre-sale(promoção de pré-lançamento, vinyl+compacto).
Desgustem o clipe e toda a psicoledia da budos band:
01 - Little Walter Rides Again 02 - Miles Behind 03 - In Case The World Changes Its Mind 04 - Tequila And Chocolate 05 - Tootie Ma Is A Big Fine Thing 06 - Cachaca
07 - Hanuman 08 - Telegraph 09 - What Now 10 - Julia 11 - Down The Tube 12 - Legalize It
Aqui vai um tremendo disco, realizado a partir de um convite por parte do trio fantastico MMW a John Scofielf. Scofield é figura conhecida do jazz fusion, ja tendo tocado com miles davis em outros tempos. esse disco tem mais sujeira e roquenrol, diferentemente do "A Go Go", postado por aqui, que segue uma linha mais pura de jazz contemporâneo. "Out Louder" tem tons de dub em "telegraph", baladinha suave em "julia", teclado bem agressivo de medeski em "What Now"...
(para download, por gentileza só clicar na capa do album)
Exorciza, Brasil!
Expurga, lava e ventania.
"...a obra-prima do Som Imaginário é mesmo este terceiro e último trabalho, o fantástico Matança do Porco, lançado em 1973. Mais líder do que nunca, o tecladista, arranjador e maestro Wagner Tiso assina a maioria dos temas e desenvolve uma sonoridade que marcaria também o seu trabalho solo. Um disco conceitual que apresenta um instrumental fascinante, fundindo jazz, rock progressivo, música erudita e MPB."
site LP, CD ou WAV "It's been almost three years since the release of Bonobo's masterful, mould-breaking Black Sands, an album that saw him touring a hypnotic live show across the world for well over a year.
Now, in 2013, he stands ready to take things up yet another notch.
The North Borders is a long stride forward - both a natural evolution and a continuation of the electronic palette of Black Sands. Thematic, resonant, addictive and perfectly formed, it's a thrillingly coherent statement piece."
Nesse disco ressoam orquestragem e vozes do Black Sands.
Tem um pegada realmente diferente dos discos anteriores. soa até menos pop eu diria. ainda assim é tido como uma continuação da pegada contida no album anterior.
Há presença da parceria ilustrésima de Erykah Badu e outros 3 artistas mais (Grey Reverend, Cornelia e Szjerdene).
E até digo: mais palatável do que o "Days to come", ainda tá pra existir. hehehe
Pra mim o ranking continua assim:
1º - Days to Come
2º - Black Sands
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. Embarquem no megulho transcendetal que é o som do sr. Bonobo, rumo as fronteiras do norte, onde a selva temperada encontra o melhor do beat eletrônico da face do planeta mundo!
Com uma produção caseira e muito bem montada, aconteceu o Festival Sergio Sampaio na UFES (cine metropolis). O evento que só fez ascender do início ao fim, convergiu gerações e contagiou em êxtase todo o público ao final. O que realmente ficou faltando foi um espaço maior. Onde talvez não se conservasse tamanha energia, como a de ontem. Torço por um formato maior, mas que continue sendo num teatro. Só que dessa vez, fora da universidade. . . E que linda obra é, a poesia e a música de Sergio Sampaio. me deu gosto e vontade de degustar seus discos. Em breve trago uns pelos lados de cá.
De lançamento recente, o clipe da música Carapaça é uma produção bem fresquinha expurgada no Comando Kalakuta, a base do Coletivo Expurgação.
"Há algum tempo Alexandre Barcelos (Xande) e eu (Fepas) estávamos conversando no Comando a respeito de videoclipes. Na conversa surgiu o ponto: ainda não foi produzido nenhum videoclipe com músicas do disco CMDO Guatemala. Ficávamos sempre bolando roteiros mirabolantes e nada de concretizar algo.
Daí, num estalo de pragmatismo, alguém disse: “Vamo fazê essa porra agora então!”
Levamos câmera e spot de luz para o estúdio. Juntamos nossas bicicletas, tralhas, telas, discos, taquaras (com direito a taquarada acidental na cabeça!) e com isso fizemos um cenário.
A ideia inicial era fazer uma banda de “Fepaschoais”. Resolvemos gravar o videoclipe usando um playback da música com o ritmo desacelerado e o resultado é essa fritura audiovisual pulsante editada e dirigida com muito esmero e capricho por Francisco Neto, o Chicow. O videoclipe também contou com a ajuda – nas animações e recortes – de Huemerson Leal (Boi) e Gustavo Senna (Azeite).
Confira abaixo o videoclipe da música “Carapaça”, do disco CMDO Guatelama (2010)."
Descrição da produção do clipe pelo próprio Fepaschoal.
Para conferir o disco da banda clique aqui
Entrevista no site FitaBruta myspace lastfm Descaradamente, o melhor instrumental brasileiro. O som deles é baseado num post-rock/math-rock, que por vezes é bem minimalista, costumando passear bastante pelo jazz. Possuem 6 discos de estudo e 2 demos lançadas, contando com o album mais recente "Mils Crianças". Outra característica do Hurtmold é o fato dos seus integrantes trocarem
os instrumentos entre si durante as apresentações ao vivo. O som do grupo foi progressivamente saindo de algo mais punk/post-hardcore, adiquirindo a feição de um instrumental sólido e diversifcado. Talvez fosse essa a definição de um post-rock. A hurtmold foi, e talvez ainda é, a banda de apoio do projeto solo de Marcelo Camelo A formação da banda remonta ao ano de 1998 com a demo "Everyday Recording". Hoje é composta por Maurício Takara (bateria, vibrafone, trompete), Guilherme Granado (teclado, vibrafone, escaleta), Marcos Gerez (baixo), Mário Cappi (guitarra), Fernando Cappi (guitarra) e Rogério Martins (percussão e clarinete).
Morcheeba é um som de simplicidade. tudo está bem encaixado e segue numa frenquência baixa de tons urbanos londrinos. os vocais das cantoras que passaram pela morcheeba sempre trazem planos bem definidos
Morcheeba é pra se escutar pelo início da manhã, começando todo ciclodiário da vida terrena. é uma solução indissócialvel e propria.
Nessa primeira leva estão a mesa o "Charango" (limited edition),"who can you trust", "Fragments of Freedom" e o "Big Calm".
"Em meados da década de 1990 os irmãos Godfrey (o DJ Paul Godfrey e o multi-instrumentalista Ross Godfrey) mudaram-se para Londres e, então, recrutaram Skye Edwards como vocalista, que eles haviam conhecido em uma festa de house music.
A trajetória do grupo começou em 1996 com o lançamento do álbum Who Can You Trust?. O sucesso do disco foi mundial, o que levou a banda a ter como parceiros musicais um de seus ídolos (David Byrne pediu pessoalmente que a banda trabalhasse em seu álbum solo). Em 1998, quando todos pensavam que a banda lançaria um álbum com a mesma concepção do anterior, eles mudam o seu som. Big Calm investe no dub, no soul, no hip hop e no psicodélico, enquanto seu predecessor era mais eletrônico.
Formado por Adrian Quesada e Martin Perna,
Ocote soul sounds é um projeto que reune sólidas influências de música latina
com um "pós-afrobeat". As ambiencias lembram a música da Antibalas e as
letras tem uma organicidade surpreendente.
01 - O Rei de Tupanga
02 - Solar
03 - Areia
04 - Mulato
05 - Búfala
Em meados do ano passado, no saudoso Encontro Nacional dos Geógrafos, tive o prazer de discotecar e ver o show dessa banda impecável.
Sabe quando a gente vê uma galera afinada com o mundo e na vontade de fazer algo direitinho. Som limpo, bem acertado. É isso!
A banda proporciona ambiências diversas. faz a imaginção e o corpo irem longe. É um verdadeiro palco de experimentações.
"Iconili é uma banda do hemisfério Sul formada por 11 integrantes. Em seu
som instrumental traz uma mistura peculiar de timbres imersos em
atmosfera de transe. Sopros, guitarras, teclado e uma cozinha bem
temperada promovem cruzamentos rítmicos e culturais, evocando o jazz, a
África, o rock, o Brasil, o novo, o velho, o visual e o musical. Tudo no
mesmo caldeirão, dançante e psicodelicamente tropical."
"Começou com o clássico “amigos de colegial que se juntam pra tocar uns
hardcore”. Hoje, Dan (voz/guitarra), INSS (guitarra/voz), Renato
(baixo/voz) e Kajiro (bateria) fazem músicas em que cabe hardcore, math
rock, metal, pop, "indie"... Seja o que for, se for verdadeiro. Ter seu
material gravado e divulgado é sempre um sonho pra qualquer banda que tá
começando. Que dirá então pra uma que existe desde 2007? A falta de
dinheiro, falta de sorte e uma pitadinha de falta de vergonha na cara
atrasaram a Hollowood por muito tempo, tornando esse EP mais do que um
sonho, uma obsessão. Evitemos piadinhas envolvendo 2012 e sinais do fim
do mundo, mas enfim, esse ano saiu. Entitulado "Zero", o EP passeia
livre por diversos gêneros com naturalidade em suas 5 músicas, buscando
compilar as diversas faces de uma mesma banda. O "encarte" digital foi
concebido a partir de ilustrações enviadas pelos ouvintes (e amigos) da
banda."
"Cantora e compositora paraense de 73 anos, Dona Onete nasceu em Cachoeira do Ararí,
no Marajó, e já foi professora de História, secretária de cultura e
fundadora de grupos de dança e música regionais, como o Canarana, em
Igarapé-Miri. Hoje, ela compõe e canta nos palcos as histórias, causos e
lendas que, nas salas de aula, durante 25 anos ela ensinou.
Personificação do imaginário amazônico e da riqueza papa-chibé, Dona
Onete fez ainda parte do Coletivo Rádio Cipó, do bairro da Pedreira, em Belém, interpretou uma cantadora de carimbó no filme “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos Lábios”, dirigido por Beto Brant, e se apresentou em importantes eventos
como o festival pernambucano Rec-Beat (2012) e também da festa de 10
anos da Orquestra Imperial, no Circo voador, no Rio de Janeiro, com
participação de Thalma de Freitas e Gaby Amarantos. Atualmente, ela
mescla em seu trabalho diversas influências, sonoridades e
características do folclore paraense passeando entre o choro, carimbó,
samba, boleros e bois com tempero da “Jamburana treme-treme”, que
podemos perceber nas 11 faixas de seu primeiro álbum ,“Feitiço Caboclo”,
lançado em Julho de 2012, com produção de Marco André."
Baianos! e de uma desenvoltura artística incrívelmente ofuscada.
Realmente, a Bahia era terreno fértil nas décadas de 60 e 70. Antônio Carlos e Jocafi (João Carlos Figueiredo) comporam surpreendentemente algumas canções populares do nosso Barasil. "Kabaluêre" foi desmerecidamente copiada por marcelo d2, e "Você Abusou", um clássico da mpb interpretado por Toquinho, Maria Creuza e Vinícius foi composta nos idos de 1970, um ano antes do primeiro disco deles ser lançado. Maria Creuza anos depois se casou com Antônio Carlos.
Em conversa com meu querido pai, comentamos o quanto eram artistas completos, excelentes letristas e arranjadores. Como diz um admirador no site oficial deles:
"fazem uma música irresistivelmente popular, comunicativa, mas que tem muita essência." A dupla lançou 3 preciosos discos na década de 70. O primeirão, de 1971 entitulado "Mudei de Idéia", em 1973 um album homônimo com versão caprichada de "Xamego de Iná" e Por fim, "Ossos do Ofício" de 1976.
(para download clique nas capas)
Antônio Carlos e Jocafi - 1971 - Mudei de Idéia
Antônio Carlos e Jocafi - 1973 -Antônio Carlos e Jocafi
A Amplexos é um retrato fiel dos sons globalizados que encantam a nossa geração. A banda é do Rio de Janeiro, carrega toda uma senhora energia, que vem caprichada numa saborosa diversidade de rítimos. São ambiências de dub, terreiros latinos, e linhas de som de preto. afrobeat, funk e outras excelências. Seu integrantes tiveram no ano passado uma experiência bem bacana. O ex-guitarrista da banda do fela kuti andou passeando pelo rio de janeiro e eles tiveram o prazer e naturalidade de fazer um som aberto ao público, sobre a proteçao e divindade acústica dos arcos da lapa. Oghene Kologbo, agora está de volta ao rio, e vai rolar um som nessa quinta feira com alguns dos integrantes da banda Amplexos acompanhado o guitarrista. A noite promete. Se eu estivesse mais perto geograficamente, desceria para o Rio de Janeiro com certeza. "Há seis anos na estrada, o Amplexos lança no dia 31 de Outubro seu segundo álbum, A Música da Alma, com produção de Buguinha Dub (Nação Zumbi, Mundo Livre) e Jorge Luiz Almeida. O disco foi todo gravado ao vivo no estúdio Caos & Vitrola, em Volta Redonda-RJ, cidade natal da banda, mixado por Buguinha Dub no estúdio Mundo Novo e masterizado por Gustavo Lenza no estúdio Yb em São Paulo. O projeto gráfico é da artista Ana Costa, com fotos de Marina Coni. “Nós ganhamos muita coisa com essa música, ela provocou na gente uma revolução interna sem tamanho, e a ideia agora é devolver ao mundo. É como uma missão para aproximar as pessoas de algo maior.” (para essas e outras informação, o download acompanha o release do disco)
Jenipapo é tinta de índio se pintar, um fruto de cheiro forte e comestível na América Latina.
Em Brasília é uma banda com raízes próximas e características orgânicas a música brasileira popular. Vem a nós com letras inteligentes e contagiantes trazidas do universo cotidiano, expressando desde celebração, até a preocupação com problemas enfrentados pelo cidadão brasileiro.
Nas influencias é fácil remeter a Gil, Jorge Mautner e Lenine, mas principalmente a essencia afro que carregam.
"Tudo começou em 2006, quando a vontade criadora e o gosto pela diversidade musical reuniu músicos do Distrito Federal e do Nordeste entre o concreto de Niemeyer, a paisagem do cerrado e as quedas d’água da Chapada dos Veadeiros. Palcos e studios fizeram sua história e o levaram ao primeiro CD, seis anos depois." trecho do release da banda.
Quem produz o album é o Afredo Bello, mais conhecido como DJ Tudo. Uma figura recorrente na produção de trabalhos dos pernambucanos Junio Barreto e Ortinho. Muita diversidade é posta na sonoridade do disco que contém a influência de diversos gêneros brasileiros e de matizes africanas, tais como o samba, baião, maracatu e afoxé. Sempre em constante mescla ao rock, gêneros latinos e da cultura pop mundial(afrobeat, cumbia, funk). A banda é formada por Atan Pinho - voz, Rafael Miranda - violão e voz, Adriano Sarga – guitarra, Hudson Bomfim – baixo, Hermano Silva – percussão, Lieber Rodrigues – percussão e Ytto Morais - bateria.
A Antibalas é uma banda que eu tenho muito apreço. É uma orquestra de afrobeat e um time músicos e artistas. Como toda big band, ela é bem diversificada na sua composição de seres humanos, uma verdadeira locomotiva difícil de por nos trilhos. Algumas vezes, difícil até para quem vai produzir seus shows. Imaginem uma banda com mais de 10 músicos e toda sua penca de instrumentos. Percussões são o que não falta… A Antibalas vem numa posição de vanguarda carregando a cultura, ou melhor, a renovação da cultura do afrobeat e a valorização de seu desencadeador, o nigeriano Fela Kuti. Seus músicos são figuras muito versáteis, facilmente comparados (numa escala local) ao pessoal da Nação Zumbi. Dão cursos, produzem, tem projetos paralelos diversos, são atuantes politicamente e artisticamente. Além de tudo menos, foram peças de suma importância no recente musical da Brodway, dedicado a história de Fela!
O tráfico[i]legaldemusga e a minha pessoa tem o prazer de compartilhar a discografia dessa Imponente Orquestra de Afrobeat! Site Facebook Last-fm LPs com promoção no selo Daptone Records
(para download clique na capa!)
Antibalas - 2012
Security - 2007
Government Magic - 2005
Who Is This America - 2004
Talkatif - 2002
Liberation Afrobeat vol. 1
Escrevo o texto mesmo é pra falar da saudade que tenho do show de São Paulo, e de ter conhecido uma galera tão bacana. Desenferrujei o inglês que não tinha, e de quebra ainda troquei ideia em portunhol/spanglish com Chico Mann, Martín Perna e Amayo. Bendito seja o Brasil, que traga esse pessoal todo de novo. Para quem sabe, uma turnê ainda mais abrangente ao nosso território. Globalizaivus as matrizes africanas do mundo, meu pai xangô!