quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Caravana do Delírio - Glamourosa Comédia Pop (2009)



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Eu sou um pouco suspeito pra falar d'A Caravana. pois sou fã e vi de perto o crescimento da banda. Crescimento por sinal extremamente evidente nesse ep, lançado Domingo no Sopa de Auditório, na Torre Malakoff.
No meio do mar de gente que foi prestigiar a posse do novo Arcebispo de Olinda e Recife, estava eu, para uma causa um pouco mais maldita que a dos fiéis presentes no bairro do Recife. Matheus, Danilo e Baracho, agora reforçados por Vinícius Barros e Paulo Priori começaram a longa caminhada que terão para a divulgação do "Glamourosa Comédia Pop", disco gravado de forma independente e que vinha sendo tramado desde o começo do ano. A princípio, com a ajuda do selo PE Sonoro, com quem romperam antes da finalização e tiveram que capitalizar os custos de forma independente. Para isso, contaram com a colaboração de amigos como Johnny Hooker, da Candeias Rock City, que doou sua voz - pra ser mais preciso, seus gemidos - para a ácida "Mãonogamia". E das meninas da Onomatopéia Bum! que fizeram backing vocals nas outras 4 músicas do disco.
Das cinco canções presentes no EP, 3 são inéditas, antes só apresentadas em shows, e mais duas que circulavam pelo myspace: A já famosa "Sistema Nervoso" e "O Romântico em Mim", que ganhou um arranjo bastante diferente, bem mais refinado. Mas não pensem que esse termo significa solos intermináveis ou uma orquestra de cordas acompanhando a banda. É que o diferencial d'A Caravana é a simplicidade. Uma despojada busca pela exposição dos sentimentos. Matheus, compositor da banda, sabe dosar como poucos leveza e ironia nas letras, o que facilita a comunicação com o público. Versos simples que tocam (sem safadeza) quem os escuta, de primeira.
Escutem.

“Agora em janeiro eu fui fazer uma temporada em Recife. Eu já tinha sido acompanhado lá pela The Playboys, pela Paulo Francis e pela Má Companhia, só que no verão eu queria uma banda nova, não queria fazer um show de rock, queria fazer outra história. Eu comecei a pesquisar na internet bandas de Recife até que encontrei A Caravana do Delírio, que me surpreendeu pelo som. Os meninos tinham 17 anos, e tinham uma banda que não era uma banda de rock. Era uma banda de música.” Wander Wildner

“O que eu entendo mesmo é de gente, e adoro histórias sobre elas, principalmente as que ajudam elas a melhorar como tal. Gosto de ouvir isso como música, e principalmente assim, com bandas que não estão nem aí pra invasão Sueca ou coisa parecida da originália moderna. Me emocionei com a Caravana pela imagem das más influencias de cada um de vocês, um som com a elegância confortável de um traje impecável, comprado bem ali no brexó da esquina.” Roger de Renor

“A música é do Recife porque é feita aqui. E ponto final! Niilistas cheirando a leite, filhos de uma classe média apática e entediada, moleques superdosados de internet, filmes e games, assistindo a tragédia do mundo em telas de LCD, passeando pelas ruas sebosas do Recife Antigo, coerentes na insatisfação como na letra d’A Caravana do Delírio: ‘o povo unido sempre sai ferido’ (…) ‘te cuida, meu filho, não deixa o sistema nervoso’. Cinismo em baldes, descrença, mas não falta de inteligência.” DJ Dolores

Tracklist:

1 - Eu Não Tenho Consciência Blues
2 - O Romântico em Mim
3 - Sistema Nervoso
4 - Mãonogamia
5 - Adeus Meu Rock'n'Roll

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